segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cutucada na Ford


A Nissan lançou nesta sexta-feira seu novo comercial: O rap do Nissan Tiida. Este traz uma dupla de rappers caracterizados como engenheiros da concorrência (mais especificamente a Ford, com o Ford Focus) que ficam se vangloriando pelo luxo que têm à custa de quem compra o carro deles.

“A Nissan está disposta a tornar real o sonho de se ter um hatch completo, com inovação japonesa e custo muito mais competitivo que a concorrência. Queremos chamar a atenção dos consumidores para os diferenciais do Nissan Tiida por meio do humor das nossas propagandas comparativas, além de polemizar a relação de custo benefício neste segmento”, explica Carlos Murilo Moreno, diretor de Marketing da Nissan do Brasil.

Ousado, bem ousado! Eu tive o privilégio de vê-lo na tv, mas logo em breve será banido pelo Conar, afinal é provocador e politicamente incorreto. Mas foi uma ótima sacada para sair um pouco do mundo plastificado da publicidade. Ainda bem que temos o youtube para eternizar estas coisas!


Confira o comercial:

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Estereotipadas


Como vocês já devem saber, o filme da Bruna Surfistinha estreia hoje e já está causando o maior "bafafá". A repercussão do longa é imensa, causando polêmica em vários pontos; o primeiro seria o fato de produzir um filme mostrando a realidade de muitas garotas de classe média, que vêem na prostituição uma forma de ganhar dinheiro fácil. Tá, beleza, disso muita gente já tem conhecimento, e convenhamos que é bom para abrir os olhos de muitos pais, educadores e dos próprios jovens. O segundo ponto é justamente o fato do longa contar a história de uma garota de programa. Mostrar a vida dela, os programas, o mundo das drogas e tudo mais. Não que as profissionais do sexo não mereçam um filme como representação, mas a imagem que é passada para o mundo (pois o filme já tem previsão de estréia mundial) é o que me preocupa. 

Eu, particularmente, sou uma pessoa isenta de preconceitos. Porém, analisando o fato de que em diversos países europeus, o estigma da prostituição assombra cada vez mais os passaportes brasileiros, cogitei: será que a culpa desta relação é atribuída à mídia que circula nos diversos contextos mundiais? Se perguntarmos aos estrangeiros qual a primeira imagem que lhes têm à mente sobre a "mulher brasileira", obteremos como resposta, na grande maioria das vezes, a imagem da mulata bem torneada, sambista, sensual, com biquíni cavado e um baita "popozão".

Apesar de ainda não ter assistido ao filme, li matérias que informam que ele é carregado de cenas de sexo, nudez, semi-nudez, peitos, bundas e afins. Claro que nada explícito, mas o bastante para provocar o público. Vamos parar para pensar: o que poderia justificar esse uso desenfreado da imagem da mulher brasileira, que sobrevive e se adapta a diferentes sistemas culturais, tornando-se um símbolo sexual reconhecido internacionalmente? Diariamente entramos em contato com este tipo de referência da mulher. A mídia habitualmente é considerada formadora de todos os estereótipos, mas ela é apenas mais um sistema que potencializa essa representação, disseminando-os de maneira estendida. Podemos dizer que a mídia - assim como os discursos moralizadores - não criou uma figura que corresponde ao estereótipo da mulher brasileira, apenas forneceu exposições que se estabilizaram através dos tempos.

A sensualidade está presente no caminhar da brasileira, no seu gingado, no seu olhar, nas curvas de seu corpo. A mídia só faz o papel de explorar isto cada vez mais. Estamos vivendo num mundo onde as mulheres são esteriotipadas, mas nada que não seja condizente com a realidade. Hoje, mulheres bonitas, gostosas e inteligentes são como o "Santo Graal"; raríssimas. Trabalhar em cima da imagem torna-se cômodo mas ao mesmo tempo destrói a imagem daquela que antes era vista como imaculada, guerreira, batalhadora. Isto acaba trazendo à tona o desrespeito, o menosprezo e as dúvidas sobre o potencial feminino. A fórmula da mulher ficou sendo esteriotipada como "Mulher=bunda+peitos+coxas+cabeça oca".

Discutir o processo evolutivo da imagem da mulher brasileira não se limita à mera defesa do espaço da mulher, mas propõe um novo olhar acerca do povo, da história e da cultura brasileira. Uma mudança de atitudes é necessária; a mídia só mostra a realidade, cabe à nós mostrar que temos muito mais a oferecer ao mundo do que nossos corpos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Viralizando

O que toda empresa deseja é ter seu nome na "boca" das pessoas. Como comentei aqui, a internet está sendo cada vez mais explorada pelas empresas e uma das ferramentas de publicidade mais eficiente no mundo atual é o chamado marketing viral.

Funciona basicamente da seguinte maneira: a empresa lança campanhas/promoções nas redes sociais e os próprios internautas se encarregam de repassar a informação adiante. Por isso o uso do termo "viral"; o sentido de "contaminar" várias pessoas rapidamente é o intuito deste tipo de publicidade.

Uns exemplos atuais que gostaria de compartilhar com vocês são as campanhas da Coca-Cola e da Red Bull. A primeira tem sua campanha "Abra a Felicidade" disseminada por várias ações filmadas e publicadas na internet, como a do vídeo que se segue:




Já o energético vai produzir um filme que será lançado em setembro deste ano e conta a história de atletas do snowboard praticando grandes manobras em diversas partes do mundo, intitulado de "A arte de voar":


   
O trailer em si já se tornou um grande comercial para a marca, e ainda por cima, a Quiksilver e a Canon pegam carona no vídeo que já se transformou em um poderoso viral, atingindo mais de um milhão de views em menos de dez dias; garantia de retorno para todos os envolvidos.

E ainda assim alguns empresários acham que publicidade é gasto e não investimento. Dó!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Blá blá blá



Verdade seja dita: a língua portuguesa tornou-se um "samba do crioulo doido". Como já foi comentado aqui, a reforma ortográfica veio, mostrou a que veio, entrou em vigor e nada aconteceu. Calma que vocês vão entender melhor nos próximos parágrafos.


O que eu estou querendo dizer, minha gente, é que a língua portuguesa nunca foi tão desprezada como hoje. Eu, como universitária, me tornei testemunha de crimes hediondos contra a nossa querida gramática. Vejo alunos do curso de Comunicação Social (Publicidade, Jornalismo, Radialismo e Cinema) cometendo erros primários em pleno regime universitário! E pensar que eles sairão dali com o diploma na mão, chegarão ao mercado de trabalho e acabarão jogando tudo no ventilador, atingindo a mim, a você e ao seu vizinho.


Antigamente, existiam profissionais especializados em evitar que estes erros fossem arremessados para o mundo. O próprio redator já tinha esse cuidado e podia contar com a ajuda de revisores e analistas de textos. Hoje, as palavras são jogadas ao vento e lá permanecem. Por isso vemos erros tão absurdos nos jornais, nos outdoors e nos veículos de comunicação em geral. Não há um cuidado de quem escreve, muito menos o "pente fino" como etapa seguinte. A má formação destes profissionais acaba gerando uma gramática própria, que ignora o que foi estabelecido pela Academia Brasileira de Letras. A maioria acha que o idioma pode ser escrito e falado à maneira de qualquer um, mesmo que esse qualquer um nunca tenha se dado ao trabalho de consultar um gramática ou um bom dicionário.


Infelizmente isto vem sendo observado com freqüência. Alguns profissionais de comunicação (isso inclui - principalmente - os jornalistas) não respeitam as regras gramaticais. Por um dever de ofício, todos estes profissionais deveriam ter conhecimentos básicos de português, e descobrir como é sublime o jogo das palavras. Para quem quer comunicar, isto torna-se mágico. Proporcionar um bom entendimento da mensagem passada e poder gerar um reconhecimento é o que faz o nome de um bom comunicador. Além disso, é necessário disponibilizar-se ao máximo para novos aprendizados, reciclar-se, buscar cada vez mais e mais conhecimentos para poder se tornar um profissional de qualidade. Vamos respeitar a nossa língua, os olhos e os ouvidos de quem lê e escuta o nosso trabalho.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A nova arma dos consumidores



Um assunto que já está virando clichê é a correlação das redes sociais + a publicidade. Felizmente, as empresas estão sabendo utilizá-las para focar a comunicação em um público-alvo específico e altamente segmentado, não somente como um canal de publicidade e sim como um canal onde elas podem estabelecer uma comunicação para se relacionar e se aproximar de seus consumidores.

Vendo isto, o público pôde perceber que agora, ao expressar admiração ou revolta por alguma marca ou empresa, ele pode obter uma resposta rápida e muitas vezes significativa. Eu pude perceber isto ao citar no twitter a faculdade em que estudo. Imediatamente me mandaram uma DM e começamos a estabelecer uma conversa para tentar resolver o meu problema (que aliás não foi resolvido, mas isto não vem ao caso, vou poupá-los do meu stress level 100).

Percebam que atualmente as organizações buscam cada vez mais ampliar sua fatia de mercado, conquistar mais consumidores, elaborar estratégias que dêem a eles a percepção de valor em seus produtos/serviços, mas por muitas vezes esquecem de atender o consumidor já conquistado (o que é caso da minha faculdade - ok, prometi que iria poupá-los, mas não pude me conter, desculpem). E é aí que entra meu lado consumidor. Porque antes de ser uma - futura - publicitária, sou uma consumidora. Mas não sou uma simples consumidora, sou consumista; daquelas viciadas mesmo. E como todos bons consumidores que somos, almejamos qualidade no produto/serviço adquirido.

Sendo assim, peço para que atentem para o título deste post. Vocês conseguem perceber o poder que temos em nossas mãos? O consumidor está super valorizado, a publicidade está toda voltada na sua satisfação. Empresas estão contratando serviços de marketing especializado no relacionamento com o consumidor, que exploram o chamado marketing viral (propaganda boca a boca) que é uma das ferramentas de publicidade mais eficiente e que não gera nenhum custo. E o principal meio para fomentar isto são as redes sociais.

O que precisamos entender é que o sucesso de qualquer empresa, independente da área de atuação, depende da mesma coisa: a satisfação de seus clientes. Felizes são os empresários que vêem seus produtos/serviços pelo outro ângulo. Além de gerar novos consumidores, mantêm os antigos fiéis e obtêm cada vez mais lucro e índice de satisfação com a marca. É chegada a hora dos empresários fazerem "novas amizades". É bom para eles, para nós (publicitários) e para nós (consumidores).